O Papa Francisco celebrou a missa de abertura do Sínodo da Amazônia no domingo, dia 6 de outubro. A celebração começou com a entrada de 185 padres sinodais, sendo 58 do Brasil. Estavam presentes também representantes de comunidades indígenas. Durante a celebração o Papa disse que o fogo que "devastou recentemente a Amazônia" foi "ateado por interesses que destroem". Usando a metáfora do fogo em todo o seu sermão, ele defendeu que a região amazônica precisa do "fogo do amor de Deus", que não é devorador, mas "aquece e dá vida".
Em sua homilia, falou sobre a missão evangelizadora da Igreja, citou Bento XVI, que disse: "a Igreja não pode de modo algum limitar-se a uma pastoral de “manutenção” para aqueles que já conhecem o Evangelho de Cristo. O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial".
O Papa também exortou o clero para que não faça negócio e troca com o dom sacerdotal que recebeu pela imposição de mãos nem busque lucrar com ele. A exortação ressoa os muitos que buscam obter vantagens políticas com seu dom, como muitos teólogos da libertação e modernistas.
Por fim, convidou a todos os fiéis do mundo todo a reacenderem o amor e a caridade que ilumina o mundo, como uma fogueira que deve ser mantida acesa. "Olhemos juntos para Jesus Crucificado, para o seu coração aberto por nós. Comecemos dali, porque dali brotou o dom que nos gerou; dali foi derramado o Espírito que renova."
O Sínodo da Amazônia ocorre até o dia 27 de outubro, em Roma, com o tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.