Na reunião do Núcleo Nossa Senhora da Consolação e Correia, da FAL - Fraternidade Agostiniana Leiga, realizada no dia 17 de abril, o grupo refletiu o tema "Rezar com os Salmos", tendo como referência o volume 2 da Coleção "Cadernos sobre a Oração" - Subsídio do Ano da Oração (2024) convocado pelo Papa Francisco, em preparação para Jubileu Ordinário de 2025.
"Rezar com os Salmos" é um convite a entrarmos no Ano Jubilar tendo nas mãos o Saltério, livro bíblico destinado por excelência à pausa orante e ao silêncio contemplativo. É um guia para "cantar a Deus com arte" por meio dos Salmos. Como dizia Santo Agostinho, "a grande obra dos homens é aquela de louvar a Deus".
O encontro iniciou com uma oração de Santo Agostinho e, em seguida, o Frei Eberson Dionisio Naves, OSA, Coordenador da Comissão das Fraternidades Agostinianas Leigas (FAL), Associações e Grupos Agostinianos, da nossa Província, apresentou um roteiro para a leitura do subsídio e para a oração diária dos Salmos, destacando que a oração é como o próprio oxigênio para a vida quando rezamos com o coração. Sobre a origem dos Salmos, disse que são expressões. E indicou a leitura dos três volumes da obra Comentário aos Salmos, de Santo Agostinho. Clique aqui para obter as publicações em PDF.
O encontro aconteceu na casa da Lourdes e do André. Oportunidade para comemorar o aniversário dele.
"A fé é tão necessária para a vida como a raiz o é para a árvore"
(Santo Agostinho, Comentário sobre os Salmos 123,1)
ORAÇÃO
Senhor e Deus meu, escuta minha oração e atende meus desejos. Não peço só por mim, mas também por meus irmãos. E peço com um ardor tão grande quanto é meu desejo de servir-lhes. Tu que lês os corações sabes que não minto.
Oferecer-te-ei em sacrifícios meus pensamentos e minhas palavras, se tu me dás o que possa oferecer-te. Sou pobre e necessitado; Tu, ao contrário, és generoso com os que te invocam e cuidas de nós com segurança.
Purifica meu interior de toda mentira, e meu exterior de toda temeridade. Que eu encontre nas escrituras o mais puro prazer: que nem eu me engane com elas, nem com elas engane a ninguém.
Senhor e Deus meu, luz dos cegos e claridade dos que veem; fortaleza dos fracos e sustento dos fortes, presta atenção à minha alma e ouve-a em seu íntimo. Se teus ouvidos não captarem nossas profundezas, aonde iríamos ou a quem clamaríamos?
Teu é o dia e tua é a noite. E à tua disposição voam a horas e os momentos. Concede-me tranquilidade para aprofundar-me nos segredos de tua lei. Não feches tua porta aos que chamam. Acaso quiseste que fossem escritas em vão tantas páginas de mistérios ocultos? Ou não haverá também nesses bosques servos que nele se abriguem, passeiem e pastem, descansem e ruminem?
Oh! Senhor, faz que eu seja cada dia melhor. E cada dia revela-me teus segredos. Tua palavra é minha alegria. Tua voz supera todos os prazeres. Dá-me o que amo, pois já amo, e tu fizeste que eu amasse. Não abandones teus dons nem desprezes esta ervazinha sedenta.
Tudo que encontre em teus livros, ouvindo a voz do louvor, te confesse. Sacie minha sede, bebendo e meditando as maravilhas de tua lei. Desde o princípio, quando fizeste o céu e a terra, até a vinda final de teu reino, quando estivermos todos contigo na cidade santa...!
Suplico-te por nosso Senhor Jesus Cristo, Filho teu - sentado à tua direita - e Filho do homem - teu eleito - ; Mediador teu, por quem nos buscaste quando ainda não te buscávamos, e Mediador nosso, por quem nos buscaste para que te buscássemos; Palavra tua, pela qual fizeste todas as coisas e, entre elas, a mim; Único Filho teu, por quem chamaste à adoção o povo crente, inclusive a mim.
Peço-te por Ele, que está sentado à tua direita e te suplica por nós; em quem se acham escondidos todos os tesouros de sabedoria e ciência que busco agora em teus livros, que são sua palavra, a palavra da Verdade.
Referência: Santo Agostinho, Confissões, XI, 2 (Toma e lê, página 365, nº 1394 )
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