Na celebração da solenidade de São Pedro e São Paulo, dia 28 de junho, a Comunidade do Teologado - Fraternidade Santo Dias, de Diadema (SP) - , realizou o encerramento das atividades do semestre com uma manhã orante e reflexiva.
Buscando resgatar o que foi vivenciado no processo formativo, neste que tem sido um momento atípico da história devido a pandemia do coronavírus, rezamos com os símbolos, textos e acontecimentos que tem marcado nossa caminhada comunitária, iluminados pelo documento “o tempo da esperança”, elaborado pela Comissão para a Espiritualidade da Ordem de Santo Agostinho. O tema central da reflexão foi a renovação da vida espiritual e a necessidade de regenerar a vida comunitária.
Do que foi refletido e partilhado, destacaram-se três elementos que, em geral, aprofundam a intrínseca relação entre a interioridade e a vida comunitária como característica fundamental do carisma agostiniano para o momento presente e o tempo do pós-pandemia. O primeiro elemento é a importância do cultivo da vida interior em nossa comunidade. Assim como nos indica o papa: “sejam os pedagogos da interioridade ao serviço dos homens do terceiro milênio na busca de Cristo”, nos propusemos a valorizar cada vez mais a oração pessoal e comunitária. Só é possível renovar a vida espiritual quando Cristo é o centro de nossa vida e quando a oração é o diálogo de profundo amor para com Deus.
O segundo aspecto é a importância de se “regenerar a vida comunitária”. Para isso, é imprescindível que a busca pela unidade e a valorização da comunhão comunitária sejam fontes de identidade para nossa comunidade. Assim, a vida comunitária agostiniana deve estar sempre aberta a dialogar com os dramas do mundo, não estando fechada em suas próprias seguranças e, desse modo, ser “fermento” de uma rica espiritualidade pautada pela vivência do evangelho e a busca comum de Deus.
Por fim, a terceira reflexão, nos indicou “um olhar a partir da esperança”, isto é, cientes das dificuldades que o mundo enfrenta em decorrência da crise do Covid-19 e do incerto período pós-pandemia, que não deixemos de ser comunicadores de esperança e de entusiasmo para o futuro. É através da espiritualidade agostiniana, vivenciada como dom de Deus no seio de nossas comunidades religiosas, que seremos exemplos de paz e confiança ao mundo; para isso, nossa resposta deve ser corajosa e criativa, expressa numa vida mais simples, autêntica e apaixonada pelos valores do Reino de Deus.
Concluímos nossa manhã orante com a celebração da eucaristia, ofertando as experiências vividas e os dons de cada religioso no serviço à comunidade. Dez características que marcam nossa vida como consagrados e que são alicerce da vida comunitária foram recordadas na celebração, sendo elas: a confiança, as responsabilidades, a grandeza de alma, os talentos, a escuta amorosa, a correção fraterna, as prioridades, o projeto comunitário, a disponibilidade e o exercício do lava-pés diário.