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A Cúria Geral Agostiniana, por meio da Comissão para o Movimento Laical Agostiniano, promoveu o 5º Encontro Internacional de Leigos Agostinianos, de 10 a 15 de julho, no Instituto Patrístico Agustiniano - Collegio Internazionale Santa Monica, em Roma, com cerca de 120 representes das circunscrições da Ordem de Santo Agostinho no mundo: América Latina, Ásia-Pacífico, Europa, África, América do Norte e Canadá.

A programação foi dinâmica, com reflexões em torno do tema "Caminhar juntos em comunhão, participação e missão" - uma referência ao processo de sinodalidade -, que oportunizaram intercâmbio, estudo, trabalhos em grupos, planejamento, comunhão e convivência fraterna.

O evento contou com a presença do Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho, Frei Alejandro Moral Antón, OSA, e foi encerrado com a Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal Robert Francis Prevost, OSA, que enviou uma bênção especial para o Brasil.

Um dos grandes temas abordados foi a apresentação dos novos estatutos para os fiéis leigos agostinianos, que entrarão em vigência para todos os grupos e movimentos laicais agostinianos a partir do próximo Capitulo Geral, que será realizado em 2026.

Nossa Província foi representada pelo Frei Eberson Dionisio Naves, OSA - Assistente Espiritual das Fraternidades Agostinianas Leigas e responsável pela Comissão de Associações e Grupos Agostinianos , e Luisa Bicalho, coordenadora da Fraternidade Agostiniana Leiga.

Na acolhida aos participantes, Frei Edward Daniang Daleng, OSA, Conselheiro Geral e Coordenador da Comissão para o Movimento Laical Agostiniano, disse que, como família agostiniana, a unidade e a diversidade devem caminhar juntas em uma dinâmica necessária para ter uma vida real em Deus. Em outro momento, junto o Frei Alexander Lam, conduziu a apresentação: "O Estatuto dos Fiéis Leigos Agostinianos, instrumento para a caminho da sinodalidade".

A palestra do Prior Geral, Frei Alejandro Moral Antón, OSA, foi uma profunda reflexão sobre os desafios que enfrentamos no mundo contemporâneo. Dentre os tópicos apresentados, destacou:
- Vocação e Comunidade. "Reconhecer nossa vocação é essencial para viver com alegria e plenitude. Não estamos sozinhos, somos uma família, uma comunidade".
- Missão e entrega de vida: esvaziar nosso ser para nos encher de Deus é fundamental. Na missão, o mais necessário é o próprio Deus, nossa fé tornou-se experiência.
- Caminhar juntos: comunhão e fraternidade são essenciais. Não podemos anunciar o Evangelho sem nos amarmos e nos aceitarmos mutuamente.
- Desafios pessoais e estruturais: compartilhar necessidades, dificuldades e carinho nos fortalece como comunidade; sinodalidade, colaboração e abertura são fundamentais. A formação contínua, a conversão pessoal e a inspiração do Espírito Santo são cruciais para viver a comunhão e compartilhar a missão.
- A missão e as pessoas: A missão é necessária em todos os lugares. Neste mundo em mudanças, lembre-se de que a esperança de encontrar Deus é maior do que qualquer desafio. Vamos continuar com coragem e amor, como uma família unida na missão.

Dom Luís Marín de San Martin, OSA, subsecretário do Sínodo dos Bispos, destacou que sinodalidade é um convite para ouvir ativamente. Precisamos de um clima de confiança e acolhimento, onde a atenção e o coração se unam em intimidade e interioridade. "Ouça com profundidade. Em nossa jornada espiritual, a sinodalidade nos convida a nos descobrir junto com os outros, a reconhecer aqueles que compartilham nosso caminho. O Espírito Santo fala através dos sinais dos tempos, e neste diálogo, encontramos a chave para a renovação e transformação".

Sobre o tema "Escuta empática: colocar em prática a sinodalidade", Frei Alexander Lam Alania, OSA, Assistente Geral da Ordem de Santo Agostinho para a América Latina, destacou que a sinodalidade nos impulsiona a ouvir por amor, não apenas aos outros, mas também a nós mesmos e ao divino. "O silêncio que nos permite parar e compreender. É um ato de presença e abertura. Que nossa escuta seja um ato sagrado, uma ponte para a compreensão e transformação".

O grupo também participou de uma peregrinação a Tolentino, cidade onde São Nicolau de Tolentino passou seus últimos 30 anos de vida. Visitaram a Basílica de São Nicolau de Tolentino, onde estão os restos mortais do Santo conhecido como protetor das almas do purgatório.

Nicolau nasceu nas Marcas, em 1245. Na adolescência conheceu a Ordem de Santo Agostinho e foi atraído pela vida monacal, à qual se consagrou em Tolentino. Foi um asceta de sorriso amável, de longas orações e jejuns, sempre acompanhados pela simpatia e a caridade. Celebramos São Nicolau de Tolentino, em 10 de setembro.

O Congresso proporcionou diversos momentos de interação, como Mesas Redondas, painéis, estudos em grupos.

Outras palestras:
- A liderança agostiniana em uma igreja sinodal - Joseph Kelley
- Os fiéis leigos agostinianos em casa região - Representantes leigos regionais e o moderador Frei Joseph Farrell, OSA.
- O método de conversação espiritual no exercício dos ministérios - Frei Juan Francisco Costanzo , OSA