Em 2022, celebramos 200 anos de nascimento do Frei Gregor Johann Mendel, OSA - religioso agostiniano, nascido em 20 de julho de 1822, e reconhecido como pai da genética moderna. Seus incríveis estudos no Monastério de Brünn, República Checa, forneceram informações valiosas sobre a hereditariedade. Em uma época que não se tinha conhecimento a respeito de divisão celular e material genético, Mendel foi capaz de propor como as características eram transmitidas aos descendentes de maneira correta e até hoje aceita.
Em seus estudou a espécie Pisum sativum (ervilha), e analisou sete características: altura da planta, posição da flor, cor da flor, cor da semente, forma da semente, cor da vagem e forma da vagem. Então, fez os cruzamentos e analisou os descendentes de maneira criteriosa e seguindo critérios científicos.
Mendel percebeu que não herdamos as características físicas (hoje o fenótipo), mas sim os elementos, fatores particulados (hoje chamados de genes). E descobriu que esses fatores hereditários trabalham aos pares, nos gametas eles estão separados e na fertilização eles se unem em novas combinações. A partir daí revelou que alguns fatores dominavam outros ao gerarem as características físicas abrindo caminho para a genética moderna.
Os três princípios da genética mendeliana são: uniformidade, segregação e combinação independente.
As leis de Mendel
Primeira lei de Mendel ou Lei da Segregação dos Fatores: cada caráter é determinado por um par de fatores que se segrega na formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose simples.
Segunda lei de Mendel ou Lei da Segregação Independente: os fatores que determinam diferentes caracteres distribuem-se independentemente para os gametas e combinam-se ao acaso.
Mendel fez diversos cruzamentos até obter linhagens puras, ou seja, que tinham seus descendentes sempre com a mesma característica.
Quem foi Gregor Johann Mendel?
Johann Mendel nasceu em 20 de julho de 1822, em Morávia, Republica Tcheca. Era filho de um casal de agricultores. Aos 21 anos de idade, ele entrou para o Monastério da Ordem de Santo Agostinho, na cidade de Brünn (hoje chamada de Brno), onde muitas atividades científicas e educacionais eram realizadas, incluindo experimentos voltados ao cruzamento de espécies de plantas.
No monastério teve acesso a uma ampla biblioteca e teve o naturalista e abade Franz Cyril Napp como mentor. Em 1851, foi para a Universidade de Viena, onde estudou física, matemática e história natural, durante dois anos.
Apesar de seu trabalho ser amplamente conhecido nos dias atuais, o reconhecimento só ocorreu após 35 anos de sua publicação, quando pesquisadores europeus (Hugo de Vries, Carl Correns e
Erich Tschermak-Seysenegg), independentemente, redescobriram o estudo ao procurarem bibliografias para apoiar suas próprias ideias sobre hereditariedade.
Cronologia:
1843 - Admissão no Convento agostiniano de Santo Tomás Apostol, em Brünn
1847 - Ordenação Sacerdotal
1849 - Título de professor do ensino médio em Znaim (Znoimo)
1851 - Universidade de Viena e seus trabalhos como abade no mosteiro de Brünn
1866 - Publicação de trabalhos científicos, nos campos da meteorologia e da genética, especialmente sobre a hibridização de ervilha, publicados, no Versuche über Plflanzenhybriden ,
1888 - Comentários feitos por Clemens Hutter na revista Augustinian The City of Deus (Valladolid) repercutiu entre as sociedades científicas
Gregor Mendel morreu em 6 de janeiro 1884, no monastério agostiniano que administrava. Em um obituário da Sociedade para a Promoção da Natureza, Agricultura e Geografia de 1884, nº 1 foi lido: “Suas experiências com híbridos de plantas abriu uma nova era.”
- Artigo do Frei Miguel Angel Orcasitas, OSA
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Exposição do Bicentenário de Mendel, em Dubai
Manuscritos