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dez/22

[Vídeo]Natal: tempo de dar um presente especial

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Dizem as Escrituras que, “chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de uma mulher” (Gal 4,4). Outra tradução possível é esta: “quando os tempos estavam maduros”. Está em relação com o momento preparado por Deus para revelar o seu desígnio de salvação, quando os tempos serão completados por seu amor (cf. Ef 1,10): o momento em que Ele veio visitar-nos!

O livro do Eclesiastes tem um trecho muito conhecido que diz que “há um tempo para cada coisa debaixo do céu” (Ecl 1,3). Quando as coisas não acontecem do jeito e quando a gente quer, a sabedoria da vida nos ensina: “Ainda não era tempo” e vamos aprendendo a alimentar a esperança: “No tempo certo, tudo vai dar certo!”.

O que é esse tempo especial que não cabe no mostrador do relógio ou na tela do smartphone? Na filosofia e teologia se faz uma distinção entre o tempo cronológico e o tempo kairológico. O chronos é o tempo contado, medido, em segundos, minutos, horas... ele avança rápido demais ou demora uma eternidade, mesmo que seja o mesmo numericamente. Na mitologia grega, o deus Chronos devorava seus filhos, tão logo nasciam, assim como o tempo material nos engole, atropela...

O kairós é o tempo da intimidade, o tempo favorável, o tempo propício. É o tempo da alma, é o tempo da gratuidade, é o tempo de Deus: mil anos para Deus são como um dia, um dia como mil anos. A contagem é diferente. É como diz a canção Te recuerdo, Amanda. Amanda ia todos os dias à fábrica para encontrar-se com seu amado, Manuel. Eram apenas cinco minutos, mas ali o tempo parava, pois “La vida es eterna em cinco minutos!”. O kairós é o tempo em que o tempo não conta!

Estamos para celebrar o Natal. O Natal, uma vez mais, pode ser vivido como mera data cronológica: 25 de dezembro de 2022 ou ser vivido como uma data prenhe de sentido e significado: o dia em que o Senhor vem novamente nos visitar. Necessitamos todos recuperar o sentido verdadeiro do Natal: celebrar o tempo que Jesus veio ser um de nós, para salvar-nos de nós e devolver-nos à vida autêntica, simples, verdadeira.

Jesus é o nosso mais belo presente de Natal!

Em datas especiais, trocamos presentes: é uma forma de lembrar e de ser lembrado. Dá uma sensação de tristeza quando nos sentimos esquecidos. Natal é um tempo de lembrança: lembrar que Deus não nos esqueceu; lembrar de quem já esquecemos. É tempo de presentear: mais que um presente material, é cada um de nós ser presente. Neste Natal, dê-se como presente às pessoas! Possamos todos recuperar a genuína alegria do Natal: de Deus que se deu por inteiro à humanidade.

É com esse sentido de tempo grávido do amor de Deus que, em nome de todos os freis agostinianos, eu desejo a você e sua família, um santo e feliz Natal.

Assista ao vídeo aqui:

- Artigo do Frei Luiz Antônio Pinheiro, OSA, publicado na coluna Reflexão, do Jornal Inquietude On-line, edição de dezembro de 2022.

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