O mês de agosto é dedicado às Vocações na vida da Igreja. Refletimos, incentivamos e rezamos por todas as vocações. Mas neste mês tem também um especial matiz, pois nele celebramos, entre outros exemplos de santidade, as duas maiores figuras da Família Agostiniana: Santa Mônica, no dia 27 e Santo Agostinho, 28 de agosto. Agosto é o Mês Agostiniano.
A Igreja celebra a memória dos santos no dia de sua morte, pois esta representa o dia de seu nascimento para a vida eterna, vida que em Deus nunca termina. Para o cristão a morte não é o fim, mas uma passagem, pois a vida não nos é tirada, mas transformada.
Os romanos dedicavam os meses a alguma divindade ou personalidade importante. Assim, por exemplo, o quinto mês foi dedicado a Júlio César (Iulius), daí mês de Julho; o sexto foi dedicado a Augusto (Augustus), agosto; o sétimo, o oitavo, o nono e o décimo continuaram com a numeração do calendário romano: setembro (Septembris), outubro (Octobris), novembro (Novembris), dezembro (Decembris).
O nome Augustinus (Agostinho) é uma criação de Santa Mônica, que sonhou com um futuro brilhante para o seu “pequeno Augusto”. O nome original de Santo Agostinho é Aurelius Augustinus (Aurélio Agostinho). O nome Aurélio era um gentilício, ou seja, um nome de família, a gens Aurelia, que tinha certa importância social. No entanto, apesar disso, a família de Agostinho não tinha muitas posses.
Os pais de Agostinho empregaram todos seus recursos para fazer estudar aquele menino de “grande esperança” que, certamente com uma boa profissão, traria uma melhor posição para toda a família. Boa parte dos estudos de Agostinho foi financiada por um amigo rico da família, Romaniano. De fato, Agostinho ascendeu socialmente e conseguiu um alto posto na administração do Império Romano. Durante esse período, ele usou com muito orgulho o prenome que lhe dava prestígio social, Aurelius Augustinus.
Após sua conversão, Agostinho deixou toda a “esperança do mundo” e, na condição de nova criatura, quis colocar-se entre os “servos de Deus”, deixando de usar o gentilício. Como bispo de Hipona, preferiu ser chamado de Augustinus Hipponensis, Agostinho de Hipona.
Como herdeiros e guardiões da espiritualidade de Santo Agostinho, com reverência a nós, seus seguidores e seguidoras em todo o mundo, usamos o atributo Agostinianos e Agostinianas, esperando honrar sua memória com nosso serviço e dedicação à mãe Igreja, que tanto ele amou e pela qual entregou seu tempo, seus escritos, sua palavra e suas melhores energias.
* Publicação: editorial do Jornal Inquietude On-line, de agosto de 2021
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