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ago/23

Intensificar a prática da oração pelas vocações em todos os âmbitos: pessoal, familiar e comunitário

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Somos todos vocacionados, chamados a dar uma resposta de amor àquele que “nos amou primeiro” (1Jo 4,19). Toda vocação nasce da Igreja e para a Igreja, ela que é essa grande comunidade de irmãos, o corpo de Cristo (1Cor 12,27), no qual todos são acolhidos e chamados a colocar seus dons e carismas a serviço, pois “ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz” (Lc 8,16). Isso significa que uma vocação bem discernida e trabalhada não se reduz a uma autorrealização, pois ela se coloca sempre em favor do seu próximo.

Quando abordamos o termo “vocacionado”, não nos referimos apenas àqueles e àquelas que realizam um processo de discernimento ou dão um passo adiante dentro de uma vocação específica, pois isso seria compreender vocação de maneira limitada, como se apenas alguns fossem chamados por Deus. A verdade é que todos somos vocacionados. Dentre os frutos de uma vocação, estão uma vida feliz e uma missão frutuosa. Segui-lo de maneira sincera exige escolhas e tomadas de decisões. A vocação não surge do dia para a noite, ou seja, de maneira repentina. É por isso que necessitamos estar atentos para ouvir a voz de Deus, que fala no íntimo de nosso coração. Mas como podemos ouvir essa voz? Como nos darmos conta do chamado?

Vivendo a experiência deste 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil, somos convidados a compreender vocação como Graça e Missão e a intensificar nossas orações para que o Senhor da messe continue suscitando mulheres e homens a seguirem Jesus, aderindo ao seu projeto e de maneira comprometida com sua Igreja a partir dos mais variados estados de vida. O “servir” na Igreja só tem sentido quando de fato se está unido a Cristo. A perda desse referencial indica a perda do sentido do fazer e enfraquece a chama do coração. Para que essa chama continue viva, há que beber sempre da fonte. Através da oração é que a vocação se fortalece e se renova. Ela nos ajuda a nos mantermos firmes e fiéis sem perder de vista o ponto de partida e a meta.

“Corações ardentes, pés a caminho” (Cf. Lc 24, 32-33), esse lema é um convite à vivência de uma experiência semelhante àquela dos discípulos de Emaús, que, atentos à Palavra, dão-se conta da presença do Senhor no caminho. Mas, para essa consciência, é preciso estar unido a Ele com um coração e uma vida orantes. “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cl 2, 7), mantenhamos nossas orações por nossas famílias e comunidades que são os berços de todas as vocações. É orando, motivando e acompanhando que colaboramos na promoção de uma verdadeira cultura vocacional, sempre no desejo de que cada um possa “sentir o apelo a fazer dom de si mesmo como algo natural, lógico, perfeitamente humano e cristão” (CENCINI, 2013, p.82).

Frei José Flávio Cassiano, OSA
- Artigo publicado na coluna Pro-Vocação do Jornal Inquietude On-line, edição de agosto de 2023.

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