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dez/20

CARTA ABERTA AOS JOVENS

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Nesse tempo de Pandemia: a Juventude é chamada a ser guardiã da vida.

O que é ser jovem? Primeiro, ser “cheio de vida” e portador da esperança. Este tempo de pandemia reafirma ainda mais esta característica, chamando todos à corresponsabilidade de cuidar de si e também dos outros, visto que “estamos todos no mesmo barco”. Somos chamados a pensar o quanto vale a própria vida e a vida das pessoas que amamos.

A pandemia nos assusta pela intensidade de vítimas, muitas delas fatais. O grupo de risco – aquele mais perigoso -, é, na verdade, das pessoas que acreditam em suas próprias e frágeis certezas: “isso não irá acontecer comigo”, “ninguém próximo a mim corre perigo”, “tudo é uma invenção ou está superdimensionado”, “não tenho problema de saúde e não corro perigo”. Ao contrário, a resposta deve ser dada à altura da sua importância para a sociedade. 

Cuidar da vida exige de nós alguns hábitos importantes como: alimentação, esporte, lazer, cultura e meditação. Mas, em tempo de pandemia, a exigência é maior como: ficar um pouco mais isolado, sem aglomerações e seguir as recomendações de prevenção como uso de máscara e
higienização das mãos. Isso pode ser um sacrifício para algumas pessoas, mas, são pequenos gestos podem salvar vidas e se tornam grandes atos de amor para nós que amamos a vida.

As juventudes são o agora de Deus e de nossa sociedade. Os jovens são chamados ao zelo e cuidado. Podem ser Guardiões da vida cuidando de si e dos seus familiares, estendendo as mãos aos mais vulneráveis e assumindo a responsabilidade de não se tornarem vetores de transmissão, sobretudo para os mais velhos e pessoas com comorbidades.

“O coronavírus mostra-nos que o verdadeiro bem para cada um é um bem comum, não só individual e, vice-versa, o bem comum é um verdadeiro bem para a pessoa (cf. CIC, 1905-1906). Se alguém procura apenas o próprio bem é um egoísta. Ao contrário, a pessoa é mais pessoa quando abre o próprio bem a todos, o partilha. A saúde não é apenas individual, mas também um bem público. Uma sociedade saudável é aquela que cuida da saúde de todos”. (Papa Francisco, Audiência geral Pátio São Dâmaso - Quarta-feira, 9 de setembro de 2020)

A vacina está próxima, mas até ela ser realmente uma realidade para todos nós no Brasil, vamos investir as nossas forças nos cuidados que nos são possíveis: distanciamento, uso dos materiais de prevenção, cuidado com o outro. Para além dos protocolos de segurança, amamos a
vida acima de tudo e em especial os nossos entes queridos.

Se a máscara cobre o sorriso, aprendemos a sorrir com os olhos. Se a distância física é uma necessidade, utilizaremos tantos outros meios para estar próximos, incluindo para celebrar o Natal e o Ano Novo. Não deixemos que momentos breves possam trazer tristes e longas consequências. Ao contrário, aproveitemos com responsabilidade porque acreditar no amanhã é cuidar do hoje. Fique em casa e faça a sua parte. Seja um guardião da vida. 


Dom Nelson Francelino Ferreira
Bispo da Diocese de Valença - RJ
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

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