Misteriosa e bela é a palavra!
Deus
Palavra encarnada em nossa história!
Pó de estrelas somos
vasos de barro em Tuas mãos de artista
oleiro a nos moldar na forma de Teus olhos.
Frágeis e divinos nos criastes neste tempo adverso
ferida a terra pelo lucro suicida profanada
e feridos os corpos no luto que se prolonga interminável.
Teimoso
vens de novo na fé que nos sustenta
humano entre farrapos
pobre entre os pobres
Teu rosto ilumina a noite.
Nossa noite!
E tu vens
amigo que ao abraçar o corpo enxuga a lágrima
mão que afagando a ferida alivia a saudade.
E Tu vens
visíveis Teus sinais nos pés que irmanados alimentam a utopia!
Das lanças nascerão relhas de arado para cultivar a terra coletiva
e das espadas se forjarão foices para a colheita em mutirão.
E Tu vens
para reconstruir de novo as ruinas
e reacender na alma dos humildes a esperança!