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20
jan/19

A nova Província – Tributo aos Pioneiros

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                A Ordem de Santo Agostinho (OSA) é um instituto religioso da Igreja Católica, de caráter pontifício e internacional. É reconhecido pela Santa Sé e, por isso, pode abrir comunidades e obras e realizar atividades no mundo todo. De fato, a Ordem Agostiniana está presente nos cinco continentes, em mais de cinquenta países.

                A Ordem, como em geral as outras ordens e congregações religiosas, organiza-se em unidades maiores, denominadas províncias; e em unidades menores, chamadas vicariatos e delegações. No Brasil, existem duas províncias agostinianas da OSA: a Província Agostiniana do Brasil, cuja padroeira é Santa Mônica, e a Província Agostiniana Nossa Senhora da Consolação do Brasil, cuja padroeira é, como o próprio nome indica, Nossa Senhora da Consolação e Correia.

                A Província da Consolação tem sua origem na Província Agostiniana do Sagrado Coração de Jesus de Madri, também conhecida por Província Matritense, por ter boa parte de suas casas e obras na região de Madri, na Espanha. Os primeiros religiosos agostinianos da Província Matritense, que vieram para o Brasil em 1929, saíram do Mosteiro de El Escorial. Por isso são também conhecidos como Agostinianos do Escorial.

                Os primeiros a chegarem foram Frei Antonio Fernández e Frei Manuel Formigo Giráldez, em setembro de 1929. Em outubro chegou Frei Ricardo Rodríguez e, em novembro, Frei Wenceslao Martín. Em 1931, a Província Matritense enviou para o Brasil um numeroso grupo de religiosos, alguns dos quais por terminar os estudos: Frei Andrés Pérez de Toledo, que foi o primeiro vicário da então criada Vicaria Matritense do Brasil. Naquele ano, pouco a pouco vieram os Freis Saturnino Casas, Benito Prieto, Agustín Fincias, Marcelino García, Vicente Rabanal, Francisco Gil Sobejano, Luciano Tobar Pardo, Celestino Elvira, Mariano Luis, Germán Herrero, Juan Francisco Herrero e Victorino Turienzo.

                Em 1932, foi a vez dos Freis Pedro Martínez, Manuel Martínez, Donato Rodríguez, Marceliano García e Aniano Rodríguez. Em 1933, desembarcavam no porto do Rio de Janeiro os Freis Marcelino Barrio Inyesto, Hilario Martínez Rojo, Cipriano Álvarez, Amador Franco e Carlos Vicuña Elizondo, o grande dinamizador das obras agostinianas no período inicial. E, por fim, completando o grupo dos que podemos considerar os “Pioneiros dos Agostinianos do Escorial no Brasil”, chegaram Frei Evaristo Arámbruru e Frei Agustín Cermeño.

                Figuras que poucos de nossos maiores, de idade avançada, conheceram. Para a maioria dos atuais frades, alguns mais experientes, outros mais jovens, esses veneráveis pioneiros são nomes apenas ouvidos, ou talvez só conhecidos nas páginas das crônicas. No entanto, como num álbum de família, queremos aqui resgatar seus nomes, pois, no Livro da Vida, o Senhor da História os conhece. Damos graças a Deus pela vida, entrega e trabalho generoso destes Agostinianos da primeira hora, cujo fruto foi o Vicariato da Consolação (1988), que agora inicia uma nova fase de sua história, como Província Agostiniana Nossa Senhora da Consolação do Brasil.

 

Frei Luiz Antônio Pinheiro, OSA
Prior Provincial

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