Laudate Deum (Louvai a Deus) é o título da nova Exortação Apostólica do Papa Francisco, publicada esta quarta-feira, 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis e encerramento do Tempo da Criação.
Um texto em continuidade com a encíclica Laudato si’ de 2015. Um apelo à corresponsabilidade diante da emergência das mudanças climáticas, porque o mundo “está desmoronando e talvez se aproximando de um ponto de ruptura”. O documento tem 6 capítulos e 73 parágrafos, e pretende ecoar na COP28 - Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, em Dubai, em novembro.
“Os efeitos das alterações climáticas recaem sobre as pessoas mais vulneráveis”, cita.
Para aqueles que culpam os pobres por terem muitos filhos e talvez tentem resolver o problema “mutilando as mulheres nos países menos desenvolvidos”, Francisco lembra “que uma reduzida percentagem mais rica do planeta polui mais do que o 50% mais pobre”. A África, que “alberga mais da metade das pessoas mais pobres do mundo, é responsável apenas por uma mínima parte das emissões no passado”.
O Papa desafia aqueles que afirmam que o menor uso de combustíveis fósseis levará “à diminuição dos postos de trabalho”. Na realidade, “milhões de pessoas perdem o emprego” devido às diversas consequências da mudança climática. Enquanto a transição para as energias renováveis, “bem administrada”, é capaz de “gerar inúmeros postos de trabalho em diferentes setores. Por isso é necessário que os políticos e os empresários se ocupem disso imediatamente”.
“A origem humana - ‘antrópica’ - da mudança climática já não se pode pôr em dúvida”, diz Francisco. E o ser humano que pretende “tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo”.
Leia a Exortação Apostólica aqui:
Como complemento, sugerimos assistir o filme "A Carta" - Um futuro melhor está em nossas mãos.
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