O painel "Corpo e Teologia na Sociedade tecnológica", foi apresentado pelo Frei Luiz Antônio Pinheiro, OSA, e pelo professor Clayson Vimieiro, no dia 15 de junho, na programação do 5º Simpósio Interfaces da FAJE - Faculdade Jesuíta de Teologia e Filosofia, que refletiu sobre o corpo em três perspectivas: Biopolítica e corporeidade; Tecnologia e corpo; e Corpos padecentes.
Claysson Vimeiro, doutor em Engenharia Mecânica, coordenador do Núcleo de Bioengenharia e professor da PUC Minas, pesquisa dispositivos para a reabilitação, e tecnologias assistidas. Ele falou sobre o uso das tecnologias da Robótica para auxiliar na reabilitação de pessoas com mobilidade reduzida. E ressaltou a importância de se transformar tecnologias caras em um produto mais acessível para atender, cada vez mais, um maior número de pessoas. "Há projetos nas universidades que vêm sendo desenvolvidos no aumentar a inclusão, como orteses e próteses para reabilitação".
A partir do ponto de vista das ciências humanas, particularmente da Teologia, Frei Luiz Antônio Pinheiro, OSA, Prior Provincial, doutor em Teologia pela FAJE, professor assistente na PUC Minas, professor pesquisador do Instituto histórico Agostiniano, e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, falou destacou as diversas dimensões do ser humano tanto no físico, quanto no espiritual. E destacou que está em jogo um diálogo sincero e autêntico que temos que fazer com as ciências biológicas e informacionais e humanas.
Disse, também, que há uma grande parte da população mundial que não têm, e possivelmente não terão, aos avanços da era tecnológica. "Uma questão fundamental para ser trabalhada."
"O Brasil, apesar de ser o terceiro país que mais utiliza os meios digitais, tem um alto índice de exclusão digital. A exclusão digital hoje, no mundo, atinge mais de 1 bilhão de pessoas. Hoje temos uma enorme massa de excluídos e descartados na humanidade. Pessoas que sequer têm acesso ao saneamento básico".
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"A tecnologia faz parte do nosso dia a dia. O corpo, não é simplesmente como algo a ser manipulado, mas também com a dimensão do fascínio, como dom e mistério, que envolve o ser humano em sua integralidade. Na sua história, no seu relacionamento, no desejo de transcendência", disse o Frei Luiz.