Realizado no dia 28 de outubro, na Fraternidade Santo Tomás de Vilanova, em Belo Horizonte/MG, o Sarau Literário 2022 teve como tema "Arte moderna! Brasil moderno?", uma referência aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, e trabalhou a influência do modernismo na literatura brasileira, espanhola e latino-americana.
Em uma noite cultural muito agradável e bem preparada, os formandos, aspirantes e pré-noviços do primeiro ano de formação tiveram a oportunidade de compartilhar suas leituras de clássicos da literatura brasileira, e os pré-noviços do segundo ano, compartilharam leituras de obras clássicas da literatura latino-americana.
Ao final do Sarau, sob a inspiração da primeira geração dos modernistas que manifestaram seu desejo de produzir uma arte genuinamente brasileira através de textos como o Manifesto Poesia Pau Brasil e o Manifesto Antrófago, o Sarau produziu o Manifesto Ipê Amarelo - árvore típica do Brasil e cheia de significados e exuberâncias:
MANIFESTO IPÊ AMARELO
Tempo para dormir; comida para comer!!
Brasil. Brasilidade. Somos mais que imaginamos ser!
Um Brasil sem máscaras é um Brasil livre!!!
Do ventre rasgado da Floresta Amazônica um grito: a vida vale mais que o ouro…
Que todos tenhamos voz, vez, lugar e paz!
Respeito à diversidade cultural, religiosa, étnica e linguística de nosso país
Que o nosso grito ecoe, brade, imponha-se sobre todo e qualquer movimento contrário à nossa liberdade de pensamento e de ação!
Por tempos modernos
Nordeste valorizado
O Projeto Sarau Literário é coordenado pela professora de língua portuguesa, Ana Glades, e pelo Frei Tailer Ferreira, e é uma oportunidade de partilhar os estudos realizados durante o semestre. Dentre as obras trabalhadas estão:
SENTIMENTO DO MUNDO, de Carlos Drumond de Andrade
MEMÓRIAS DO CÁRCERE, de Graciliano Ramos
MORTE E VIDA SEVERINA, de João Cabral de Melo Neto
PERDOANDO DEUS, de Clarice Lispector
O AUTO DA COMPADECIDA, de Ariano Suassuna
CAMINANTE NO HAY CAMINO, de Antonio Machado
FICCIONES, de Jorge Luis Borges
VEINTE POEMAS DE AMOR Y UNA CANCIÓN DESESPERADA, de Pablo Neruda
CONTATO