Neste mês de fevereiro, celebramos com alegria o aniversário de 90 anos do Frei Félix Valenzuela Cervera, OSA, e os 80 anos do Frei José Rodrigues, OSA (Zezinho). A história de duas vocações que tiveram início na Espanha, onde ingressaram, ainda jovens, na Ordem de Santo Agostinho.
Desde a chegada para a missão no Brasil, trazendo no coração a alegria de viver e servir, há muitas e muitas histórias. Quase impossível resumir a grandeza do Frei Félix e do Frei Zezinho, em poucas linhas, mas trazemos destacamos aqui, um breve perfil:
Com quase 90 anos de idade e 73 anos de Vida Religiosa, Frei Felix conserva o espírito missionário e promissor de quando, aos 17 anos, professou os primeiros votos na Ordem de Santo Agostinho na Espanha, em 1950. Nasceu em Madri, Espanha, em 18 de fevereiro de 1933, sendo o sexto filho de oito irmãos. Em diversas épocas de sua vida, passou por momentos de conjunturas difíceis, como o período de ditadura do general Augusto Pinochet, no Chile, e a ditatura militar no Brasil, que marcaram profundamente sua vida.
“Precisamos, cada vez mais, de uma Igreja pobre a serviço dos pobres, em um movimento universal. Uma Igreja solidária, que acolhe, partilha e caminha junto aos que sofrem."
Administrador experiente e empreendedor, esteve à frente de importantes processos como o de reestruturação da Sociedade Inteligência e Coração (SIC) e projetos sociais, da Província, muitos dos quais foi idealizador. Dentre tantos trabalhos na Igreja e na Sociedade, destacamos seu trabalho como Assistente do Movimento Familiar Cristão em nível de América Latina; a dimensão da profecia como missionário inculturado na realidade latinoamericana e no mundo dos pobres, seja na periferia das grandes cidades ou junto às aldeias indígenas; homem de visão de mundo e reflexão sempre atualizada contribuiu muito no processo de formação das comunidades eclesiais de base e na formação dos novos religiosos; dedicado à vida fraterna e à solidariedade.
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Da infância na cidade de Requejo de Sanabria - Província de Samora, na divisa entre Portugal e a Galícia, Frei Zezinho guarda com carinho a lembrança da família, de amigos, das celebrações e do padre, que animava a vida da comunidade. "Me identificava muito com o ministério de coroinha."
Aos 10 anos de idade, entrou para o Seminário Menor Agostiniano. Era uma época difícil, de poucas possibilidades e muitas incertezas. No percurso da formação, muitas descobertas: luz elétrica, ter visto pela primeira vez uma bola de futebol... fazem parte das lembranças. Sua Profissão Religiosa foi em 2 de agosto de 1960, em Palência. A Ordenação Sacerdotal, em 1966, e logo veio para o Brasil.
“Ser padre é a vocação que Deus me deu! Tenho caminhado entrelaçado com tantas pessoas que ao longo desses anos me incentivaram e me ajudaram a crescer nas mais variadas circunstâncias da vida sacerdotal. É Dom! É Graça! É Benção!”
Sempre envolvido na formação, no trabalho com grupos e pastorais, atuou na Paróquia Cristo Redentor nas décadas de 1970 e 1980; Na Paróquia Nossa Senhora da Consolação e Correia, no Rio de Janeiro, em 1983. Foi professor de historia e geografia. Estudou pedagogia e empreendeu muitos projetos. Frei Zezinho foi o primeiro mestre de noviços de nossa Província, em meados da década de 80.
"A chegada ao Brasil me foi um processo que me abriu horizontes. Cresci muito no contato com o povo. Uma experiência que amadureceu a minha vocação. Dou graça à Deus por ter vindo ao Brasil."
Frei Zezinho vive seu ministério na sensibilidade artística da música, na fraternidade carinhosa das orientações, em seus muitos anos de formador e mestre de noviços, e no cuidado pastoral.