Como agostinianos, estamos presentes e atuantes na promoção da vida. Através da Comissão de Justiça e Paz e Integridade da Criação, a Província Agostiniana Nossa Senhora da Consolação do Brasil, fiel às orientações do Vaticano II, à Doutrina Social da Igreja, às propostas da Ordem Agostiniana e na esteira do Papa Francisco, que pede uma Igreja em saída, quer ser presença pastoral solidária na busca da Justiça e da Paz e Integridade da Criação.
Confira algumas destas ações:
Associação Pastoral Nacional Povo da Rua
Um dos contextos mais dramáticos e desiguais em nossas cidades é o da população em situação de rua. A Pandemia da Covid-19 mostrou ainda mais essa realidade, ampliando a necessidade de intensificar ações para aliviar o sofrimento dessas pessoas. Por meio da presença pastoral e de ações que valorizam e dignificam as pessoas, nossa Província se faz presente participando diretamente na diretoria da Associação Pastoral Nacional Povo da Rua e apoiando várias atividades.
Ligada à CNBB - Conferência Nacional do Bispos do Brasil, a Associação Pastoral Nacional do Povo da Rua, atua para criar soluções que tragam dignidade, cidadania e justiça social para as pessoas nesta situação.
São vários os programas de geração de renda, de promoção da vida, de cooperativas, de moradia e inclusão no mundo do trabalho.
Comissão Pastoral da Terra - CPT
A CPT - Comissão Pastoral da Terra, também ligada diretamente à CNBB, tem como objetivo promover a organização dos trabalhadores do campo na luta pela conquista da terra e estar ao seu lado na defesa do seu território. O relatório anual mostrando os conflitos no campo, faz parte da história deste país.
Criada em 1975, ao longo destes cinquenta anos, tem sido um espaço privilegiado na defesa dos trabalhadores rurais. Vários de nossos religiosos participaram e continuam participando ativamente desta pastoral.
Comunidades Indígenas em Brumadinho:
Nas cidades de Brumadinho e São Joaquim de Bicas/MG, a Província da Consolação tem levado apoio às aldeias indígenas Pataxós daquela região. Em São Joaquim, as aldeias: Katurama, Noâ Xoâ; e em Brumadinho, as aldeias Arapowa Kaika Xucuru, e Kamakâ Mongoió. Nesta última, reverenciamos a memória do cacique Merong, vítima da luta pela demarcação de terras. Importante reafirmar que a luta maior é pela demarcação e respeito às suas culturas.
Aos povos originários levamos nossa presença solidária através de doações de computadores, carteiras escolares e a construção de estruturas necessárias dentro das aldeias.
Comunidade Quilombola dos Arturos – Contagem
A centenária Comunidade Quilombola dos Arturos é um grupo de famílias que tem sua origem no fim do século 19, sendo remanescente do período escravagista no Brasil. O Quilombo busca resistir na sua cultura, na religiosidade e na educação das relações étnico-raciais, bem como na superação do racismo. Contribuímos neste processo, integrando esta cultura na formação dos estudantes de nossos colégios e colaborando para manter as tradições culturais e religiosas neste território quilombola.
Para além destes trabalhos, nossa Província apoia várias outras iniciativas populares, como creches, ONGs, associações, movimento por moradia e outros.
Animados por muitos testemunhos e movidos pela urgência da solidariedade, rezamos com o salmista:
“A misericórdia e a fidelidade se encontram, a justiça e a paz se beijam”.
É urgente contribuir e criar possibilidades para que se respeite a dignidade da vida humana, de forma que a cidadania e a paz possam ser verdades em nossa vida.
Informações: Frei Paulo Gabriel López Blanco, coordenador da Comissão de Justiça e Paz e Integridade da Criação
Fotos: Frei Eustáquio Alves Goveia, OSA, e arquivo provincial
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