Atualmente, na sociedade, constata-se que estamos passando por um processo de virtualização. Dados de uma pesquisa feita pela BBC[1] nos apontam, por exemplo, que no Brasil há um crescimento constante de usuários nas redes sociais e que chegamos a investir, em média, 255 minutos por dia no uso das redes sociais. Tal crescimento não se deve apenas à pandemia da COVID-19, uma vez que esses dados são anteriores a 2020.
Com esse advento e essa imediatez em se introduzir no “mundo.com”, certamente, tentamos reproduzir nele o nosso modo de vida, ou seja, tentamos passar do mundo físico “real” para o “mundo.com” virtual, que é real, mas sem a presencialidade do espaço físico. Adentrando a esse novo espaço, levamos também a nossa conduta – que no mundo físico diz muito sobre a nossa maneira de se portar, sobre a nossa personalidade.
A nova configuração de comunidade no “mundo.com”, apesar de ser desprovida de um contato e espaço físico, é algo que vem tomando uma maior proporção. Hoje, as redes sociais são como o nosso Curriculum vitae, local onde nós falamos e mostramos quem somos. E como fazemos isso? Por meio das fotos postadas dos nossos melhores momentos, das frases que nos marcam, dos nossos posicionamentos diante dos fatos da sociedade. Aquilo que eu posto, digo, discuto, nas redes sociais é a imagem que os nossos “web amigos” irão construir de nós, na falta do contato físico.
Diante dessas realidades e possibilidades, pensar o ser nas redes sociais traz consigo duas grandes e importantes reflexões: Como estamos gastando os nossos minutos de vida no “mundo.com”? A minha conduta no “mundo.com” é a mesma que tenho colocado em prática no mundo físico? Sem dúvidas, dedicar-se a essas e outras questões nos fará pessoas mais conscientes no uso das ferramentas que temos em nosso favor, bem como, seremos mais convincentes e mais transparentes na construção de nossa imagem pessoal.
[1] BBCNEWS, Brasil é 'vice' em tempo gasto em redes em ranking dominado por ‘emergentes’. Disponível em: Brasil é 'vice' em tempo gasto em redes em ranking dominado por 'emergentes' - BBC News Brasil. Acesso em: 20/02/2022.
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